Descoberto o Próximo Local da Erupção do Vulcão de Yellowstone

Você já imaginou o impacto de uma erupção de um dos supervulcões mais conhecidos do mundo?

vulcão de yellowstone
Ignacio Palacios/Getty Images

Pois bem, pesquisadores finalmente deram mais um passo para entender onde a próxima grande atividade vulcânica em Yellowstone pode acontecer, e os detalhes são fascinantes (e, vou admitir, um pouco assustadores).

Os cientistas analisaram profundamente o sistema de magma que fica bem abaixo do Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. Eles descobriram que existem quatro reservatórios de magma separados, não apenas uma grande câmara de magma, como muitos pensavam. Entre esses reservatórios, apenas o lado nordeste do parque apresenta as condições para manter o magma quente e líquido o suficiente para uma futura erupção.

Por que o nordeste de Yellowstone é o próximo "ponto quente"?

É tudo uma questão de conexão entre as camadas profundas do manto terrestre e o magma. No lado nordeste de Yellowstone, perto de uma área chamada Sour Creek Dome, as rochas quentes do manto estão mantendo o magma líquido ao longo do tempo. Isso é algo que não acontece no lado oeste, onde o magma já está começando a esfriar e solidificar.

A notícia é ao mesmo tempo surpreendente e tranquilizadora. Segundo os cientistas, qualquer grande erupção em Yellowstone está a centenas de milhares de anos de acontecer. Mas é impossível negar que essa descoberta nos dá um vislumbre do que poderá ser o futuro de uma das maiores forças da natureza.

Como os cientistas descobriram isso?

O estudo mais recente não se baseou apenas nos métodos tradicionais, como análise de ondas sísmicas (que podem ser confusas devido à temperatura das rochas). Em vez disso, os pesquisadores usaram uma técnica chamada magnetotelúrica. É bem interessante: o núcleo giratório da Terra cria um campo magnético, e o magma subterrâneo, por conter minerais magnéticos, acaba gerando pequenos campos que podem ser detectados na superfície. Com isso, eles conseguiram mapear melhor as “piscinas” de magma sob Yellowstone.

E o resultado? Esses reservatórios somam uma quantidade impressionante de magma líquido, maior até do que havia em erupções anteriores do parque, que ocorreram há 2,8 milhões, 1,3 milhão e 640 mil anos atrás.

Devemos nos preocupar?

Honestamente, não no curto prazo. De acordo com os cientistas, estamos falando de processos geológicos que se desenrolam ao longo de milhares ou até milhões de anos. Mas essa pesquisa é um lembrete incrível do quão dinâmico nosso planeta é de como estamos apenas começando a entender algumas de suas forças mais poderosas.

Se você ficou tão intrigado quanto eu, pode acompanhar os detalhes completos desse estudo, publicado na revista Nature no início deste ano. A ciência está nos ajudando a desvendar mistérios que antes pareciam impossíveis, e é sempre bom saber que, embora Yellowstone seja uma gigante adormecida, agora temos mais ferramentas para entender (e respeitar!) seu poder.

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